Por que?

... Em construção...

Assim que o Google devolver meu antigo texto, colocarei aqui novamente...até lá, deixarei a primeira versão deste mesmo para dar uma primeira idéia do que eu estava tentando falar...


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Eu pensei muito a respeito de tornar públicos os meus pensamentos.

Em uma época de incertezas e verdades absolutas, quando eu apenas tenho vontade de refugiar-me desta guerra entre meu inconsciente e minha mente desperta, a realidade é seria mais simples me afastar. Abandonar planos e ambições nunca pareceu tão fácil e exatamente por isso eu decidi prosseguir.

 Sempre quis falar sobre Críticas, mas assumo que me falta muita concentração e habilidade para me dedicar apenas à um assunto de forma profissional, de modo que irei começar com Literatura (minha mais antiga e valiosa companheira!), mas dificílmente seguirei apenas por este caminho. Aqui, falarei sobre filmes, viagens, filosofia barata, nerdices e muito mais... Então já sabem o que esperar.

Falando sobre livros, tenho cerca de 700 títulos devidamente catalogados na minha estante, mas nem mesmo faço idéia quantas obras eu já li durante a minha vida. Entre nomes míticos que habitam o universo literário, resolvi escolher primeiramente obras que não se encaixam mais nos Grandes Clássicos do que  gosto comum.... gosto de gente normal, como eu e você, que às vezes compra livros porque estão entre os mais vendidos ou apenas porque se impressiona com a capa chamativa na livraria. Livros de acesso simples, gosto popular, comerciais e batidos porque me canso da verborragia elitista e cacoetes intelectuais que exigem determinação e energia vital para chegar até o fim. Decidi que desejo mais do que este círculo fechado e perfeito e, para que nos conheçamos melhor, irei explicar-lhes como e porque cheguei à esta conclusão...

Como alguns de vocês já sabem, cursei Letras e lecionei por algum tempo antes de me afastar desta área por inúmeros motivos dentre os quais não incluo desapreço pela missão do professor. 

Fui uma criança que aos cinco anos de idade aprendeu à ler sozinha apenas para acompanhar uma série de livros de Contos de Fada dados, de forma mais simbólica do que como incentivo, pelos pais. Este gosto precoce pelos símbolos negros e hipnotizantes me acompanha desde aquela época e, por mais que nada seja muito eterno nesta vida, posso dizer que dificilmente me abandonará... Por este motivo, no decorrer destes anos, antes, durante e depois o período da faculdade, foquei meus estudos em Literatura com verdadeira e sofrida paixão. Foram inúmeras, cansativas e maravilhosas noites em claro, debruçada sobre os mais diversos tipos de livros que vocês podem imaginar: fantasias, clássicos, filosofia, científicos, infantis, romances, teóricos e tantos outros universos em letras impressas que ajudaram a compor a valsa de 24 anos muito bem vividos, obrigada.

 Estas noites em claro me renderam mais do que um arsenal cultural do qual muito me orgulho, elas me ajudaram a entender que precisaria mais de uma vida toda sem dormir para ter compreensão de todas as coisas do universo... O que significa que minhas chances de me enganar são incontáveis vezes maiores do que de acertar qualquer coisa. Quando tratamos de julgar histórias então estes números extrapolam qualquer noção de realidade. Aprendi então que é preciso partir do princípio de que nada se sabe se quiser realmente apreciar qualquer coisa por sua essência e totalidade. 

Estas noites em claro também me ensinaram que nem sempre a qualidade de um livro irá de encontro ao meu gosto pessoal, que apesar de todos os meus esforços alimentados pelos ditos populares,  nem sempre julgar um livro pela capa será evitável e que este julgamento não precisa ser necessariamente ruim, mas provavelmente estará errado... Mas a lição mais valiosa que eu tive foi que, sem sombra de dúvidas, para saber ler (e não estou falando apenas de livros ou peças que sejam, mas como pessoas, situações e o que mais puder imaginar) é primeiro preciso aprender à entender. 

Aceitar. 

E isto é provavelmente a coisa mais difícil que você pode fazer na sua vida.

Despir-se de preconceitos é o primeiro passo para conseguir decifrar a natureza de uma essência... Mesmo que esta natureza seja simplesmente o caos.

Meu real intuito, neste pequeno espaço que reservei para meus pensamentos, é escrever sobre histórias que nos permite tecer universos e adornar nossas vidas com o ouro mais puro e verdadeiro... Afinal não sou muito mais do que aquela mesma garotinha que, dezenove anos atrás, ficou encantada ao desbravar pela primeira vez as páginas de "A Guardadora de Gansos" e que ainda fecha os olhos e sorri enebriada toda vez que sente o cheiro de um livro novo.

Eu espero conversar com vocês aqui sobre muito mais do que apenas livros, filmes, histórias em quadrinho, exposições, peças de teatro ou o que seja... Eu espero conversar com vocês sobre Arte.